tag:blogger.com,1999:blog-1914749288810457702024-02-06T19:33:10.587-08:00Outros maresAnalice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.comBlogger203125tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-70983081274554429762013-11-20T13:40:00.001-08:002013-11-20T13:40:05.784-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgngJgSYQZopiE7lCgdQ6I6Kwa6fNmbJ-srx0CyNnddr23S_MiZbW08cPa_PpNR4n1uuPGPQDcNj4At17RoYksa6-BvbbpjYxDGwl8EXAFeMsKSn3efEIFnnWvF-u7Zyme-2Evby2XKQDk/s1600/corpo-sempre-corpo.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgngJgSYQZopiE7lCgdQ6I6Kwa6fNmbJ-srx0CyNnddr23S_MiZbW08cPa_PpNR4n1uuPGPQDcNj4At17RoYksa6-BvbbpjYxDGwl8EXAFeMsKSn3efEIFnnWvF-u7Zyme-2Evby2XKQDk/s320/corpo-sempre-corpo.JPG" /></a></div>Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-27438310176748697722013-11-20T13:38:00.000-08:002013-11-20T13:38:22.346-08:00Corpo-sempre-corpo- Analice Ról
Se perguntarem se o corpo
é reciclável
Direi que sim
É o corpo que sempre será corpo
Mesmo que parte o falte
Mesmo que falte a metade
Será um corpo-sempre-corpo
Que após a chuva
Retorna renovado
E após o sol
Ressurge iluminado
O corpo-sempre-corpo
Que usei ontem, uso hoje, agora, depois do agora
O corpo que engole a alma sob medida
Que é meu representante na vida
Será sempre um corpo-sempre-corpo
Atravesso a rua, pois algo me move
Sei que um dia vão me matar nesta esquina
Enquanto meu olho distraído lê "STOP"
Um carro importado passa por cima
E o corpo-sempre-corpo não morrerá
Será lenda, obra, carne
- Vivas.
Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-90445865348774864332013-11-16T10:18:00.000-08:002013-11-16T10:18:31.500-08:00Versos IV- Analice Ról
Perco minhas funções e minhas cores /
Meus olhos se desbotaram /
Como um rio que já foi mar /
Voa, gaivota, voa! /
E traz depressa de volta /
Quem eu era pra mim /
Mesmo com o terror nos olhos /
A ferrugem no peito /
Gosto amargo nos lábios /
Ah! Eu quero de volta quem eu era /
Pra mim /
Perco minhas funções e minhas cores /
Meu outono que se faz inverno /
O meu norte desorientado a virar sul /
Qualidades, defeitos, egoísmo /
E todas as promessas sem futuro /
Que fiz a mim mesmo /
Quem me dera/
Fosses tu um homem sem memória /
Com lâmina a furar a pele/
E ferida esquecida e curada /
Quem me dera /
Tivesses tu a epiderme dos cipós/
Mas olho para ti e não me vejo/
Este é o homem /
Não o conheço.
Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-52524906952431905382013-06-15T12:42:00.000-07:002013-06-15T12:42:20.509-07:00Outro MarQuem me dera
Ter a lembrança do mar que não seja o sal grosso em meus cabelos
E a areia em meus pés
Quem dera que a vida corrida
Me deixasse largar meus cabelos
com sal e terra
Quem me dera
Que eu pudesse morrer aos poucos
Com minha inocência infantil
Me importar menos com unhas feitas
Deixa-las desfeitas, sujas de barro
Feridas nos joelhos, sandálias de dedo
A realidade natural da vida a se viver.
Rio de Janeiro, 14 de junho de 2013.Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-74086402299103621822013-04-07T18:03:00.000-07:002013-04-07T18:03:12.202-07:00Se me perguntarem se um dia amei, direi que sim. Direi que foi a melhor coisa que me aconteceu, direi que foi a pior experiência de toda a vida. Se me perguntarem como sei se realmente amei, direi que não sei. E que o amor, muitas vezes, dispensa explicações, o amor, por ele mesmo, é um poema mal feito, cheio de rasuras, rabiscos e erros gramaticais. Direi que meu coração bateu mais forte, que meus olhos encheram-se de lágrimas, que meu peito apertou-se quando o vi de longe, a partir. Era saudade. Mas não saberei enxergar ou dizer onde ficou o amor, de onde surgiu. Se me perguntarem quem foi o meu verdadeiro amor, direi que não sei. Honestamente, não sei se amor se mede desta forma, a dizer que um é maior que outro, que o amor que se sente por um pai é maior que o amor que se sente pela mãe ou pelo filho. Amor não se mede desta forma. Se me perguntarem quem foi o meu verdadeiro amor, direi seu nome em voz baixa, na tentativa de lembrar ou encontrar outro nome que tenha sido também um amor. Mas não encontrarei. Direi nomes errados, me equivocarei nas sílabas, trocarei o nome de um com o nome de outro. Apenas o seu nome sairá de minha boca corretamente, certeiro, na certeza de que você sim foi um amor. Aquele que passa pela vida, pela estrada, pelo caminho e deixa rastros, lembranças de olhares distantes, memórias de abraços mal dados...Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-55772350256616157722013-03-31T06:44:00.000-07:002013-03-31T06:44:55.041-07:00SeSe me perguntarem se um dia amei, direi que sim. Direi que foi a melhor coisa que me aconteceu, direi que foi a pior experiência de toda a vida.
Se me perguntarem como sei se realmente amei, direi que não sei. E que o amor, muitas vezes, dispensa explicações, o amor, por ele mesmo, é um poema mal feito, cheio de rasuras, rabiscos e erros gramaticais. Direi que meu coração bateu mais forte, que meus olhos encheram-se de lágrimas, que meu peito apertou-se quando o vi de longe, a partir. Era saudade.
Se me perguntarem quem foi o meu verdadeiro amor, direi que não sei. Honestamente, não sei se amor se mede desta forma, a dizer que um é maior do outro, que o amor que se sente por um pai é maior que o amor que se sente pela mãe ou pelo filho. Amor não se mede desta forma. Se me perguntarem quem foi o meu verdadeiro amor, direi seu nome em voz baixa, na tentativa de lembrar ou encontrar outro nome que tenha sido também um amor. Mas não encontrarei. Direi nomes errados, me equivocarei nas sílabas, trocarei o nome de um com o nome de outro. Apenas o seu nome sairá de minha boca corretamente, certeiro, na certeza de que você sim foi meu verdadeiro amor. Aquele que passa pela vida, pela estrada, pelo caminho e deixa rastros de dor, de sofrimentos, de lágrimas, mas de fé, de esperança, de alegrias, de vida.
Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-38319303078364695572013-03-14T18:35:00.001-07:002013-03-14T18:35:20.179-07:00Só parece...
- Parece um dia de chuva. Não há o que fazer a não ser cair em seu colo e ouvir o vento nos surpreendendo ao barulhar as janelas. Vento quente, dia quente, abraço apertado. Vamos dançar? Vamos comer pipoca? Vamos tocar uma coca-zero sem gelo ou um café gelado? Talvez eu não queira nada disso. Nem você, nem a coca-zero, nem dançar, nem esse dia de chuva que só fode com os meus planos.
03/02/2013Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-37715728143002056432013-01-06T17:28:00.000-08:002013-01-06T17:28:22.619-08:002013Esta é a primeira postagem de 2013 e, ao contrário de muitos anos, não vou fazer retrospectiva de 2012 e agradecer a todos que fizeram parte da minha vida ou estiveram ao meu lado em circunstâncias difíceis. Apenas coloquei coisas (metas) na cabeça e pretendo cumpri-las. Jamais revelarei as mesmas, apenas digo que cismei com certas coisas e certamente estas serão cumpridas até o final do ano. Querer é realmente poder, ainda mais quando as coisas dependem exclusivamente de nós mesmos.
Uma delas posso revelar sem vergonha e na humildade: quero mudar! Quero mudar mesmo, pra melhor, pra cima! Acho que, muitas vezes, nos achamos perfeitos, distantes do erro, maravilhosos, etc. Tenho muitos defeitos, mas dentre muitos, tenho também uma qualidade que, hoje em dia, vale por mil que seria essa vontade de melhorar sempre. Vou me esforçar, principalmente com a minha relação com os outros. Tenho um relacionamento ótimo com as pessoas, porém sinto que tudo poderia mudar. Infelizmente, nós julgamos muito o próximo, às vezes até deixamos de falar com determinadas pessoas por um conceito pré-formulado (o tal do "preconceito") e, pior, o orgulho faz com que a gente erre e não peça desculpas. E a omissão sim é imperdoável. Podemos desculpar um xingamento ou até um tapa na cara, mas nunca uma pessoa que se omitiu e não viu que errou. Enfim, 2013 é o ano das conquistas, dos planos, das melhorias, dos sonhos, mas principalmente da mão na massa, na vontade de suar a camisa (literalmente) e aproveitar não só as oportunidades de trabalho, mas as chances que surgem de conhecermos melhor as pessoas e a nós mesmos, a chance de somar, multiplicar e não subtrair ou fechar-se dentro de si mesmo achando que é autosuficiente. Dependemos dos outros, até dos que não simpatizamos, afinal, o "não gosto de fulano" também forma o nosso caráter! Feliz 2013! Feliz 2014! Feliz vida!Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-33864365485942713422012-12-29T08:37:00.003-08:002012-12-29T08:37:59.867-08:00FSe tudo parecia pura felicidade, estava enganada. O tempo passou e a felicidade foi com ele, ficou no passado, num passado recente quase presente, impregnado as coisas.
Já não sou mais dele, e ele já não me pertence. Na verdade, nunca nos pertencemos, pois o dia com 24 horas era impossível de administrar amor e obrigações. O que era amor virou pedaços de retratos, e-mails deletados, mensagens salvas num folder de um aparelho ultrapassado. Há a mágoa por ele não ter lutado por nós, há o sentimento de imbecilidade por ter feito tanto por ele, por nós. Não me arrependo. Se errei foi por amor, com boas intenções, com vontade de mudar pra melhor. Se errei foi por imaturidade, por loucuras da vida, pelos nós da garganta e pelos buracos do coração.Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-62005099952130258312012-11-22T16:17:00.002-08:002012-11-22T16:17:56.084-08:00O duplo"Escrever é o duplo de viver", disse Llansol. E penso que escrever é realmente duplicar-se, tornar-se outro, tornar-se o interior do interior de si mesmo, ser o leitor da própria obra como se ela nada nos dissesse. Escrever seria abrir caminhos para a inexistência e, ao mesmo tempo, mostrar e provar ao mundo que nada é impossível, pois a Literatura existe para destruir as barreiras, para acabar com a dicotomia verdade x ficção. Tudo é verdade. Tudo é ficção. A impossibilidade não ganha vida na Literatura e o ser humano continua nessa tentativa esperançosa e que a impossibilidade também não faça parte da vida, mas faz...
Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-45387607371814172562012-08-25T07:07:00.001-07:002012-08-25T07:07:54.333-07:00Regime AbertoNão diga "lembrei de você", pois se lembrou, é porque um dia me esqueceu. Perdeu-me em seus pensamentos, em sua mente ocupada, em seu estresse rotineiro com o trânsito, com os carros, com o sinal vermelho e demorado, com a cidade e suas luzes. Não diga "um dia nos vemos", pois "one of these days is none of these days" e, apesar da esperança do celular tocar e reconhecer seu número, não atenderei. Deixarei tocando como um alarme de relógio que desperta antes da hora de levantar. Palavras se escondem, a coragem também. Ressucitar um amor morto de morte morrida é dar razão à infelicidade. Penso assim. Não diga que o nosso amor sobrevive, pois vejo em teus olhos a mudança do tempo,
vejo em suas atitudes o reflexo de outros relacionamentos. Encontro perdido em tua fala a palavra que me falta:_____.
AnaliceAnalice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-40504730010017307702012-05-20T09:12:00.001-07:002012-05-20T09:12:15.922-07:00B TrainE, ao lembrar do velho que, no metrô
Me pediu um pouco do café que eu bebia
E um pedaço do pão que acabara de comprar
Lembro com injustiça as palavras que disse
"get out!"Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-68753706409467510212012-04-12T09:44:00.003-07:002012-04-12T09:49:22.627-07:00Em solidão- Analice Ról<br /><br />Sinto o peso em minhas costas<br />Meus ombros estão dormentes<br />Meus passos pesados assustam<br />Os vizinhos de baixo<br /><br />E tudo isso é a minha boca<br />Que deixou de falar teu nome<br />Que passou a te chamar de "aquele"<br />E agora fala nomes de outros, de tantos<br /><br />Meu desassossego está no livro que li<br />Pra te esquecer. E hoje leio e lembro<br />que li para te apagar de mim.<br /><br />Aqui está minha palavra em solidão<br />Meu dizer em silêncio<br />Meus ouvidos surdos a despertar de novo<br /><br />Não sou mais tua, não és mais meu<br />Vivo como o texto que escrevi ante-ontem<br />E hoje permanece inacabado.Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-43387178922577734912012-03-08T07:56:00.000-08:002012-03-08T07:57:37.865-08:00Negra Alma- Analice Ról<br /><br />Você diz que estou errado<br />Por julgar certo tudo o que faço<br />E chorar meus dias, contados<br />Mesmo que seja por amor<br /><br />Cá estou de pernas para o ar<br />Com a casa vazia<br />Com os filhos criados<br />Não, não quero voltar<br />Quero estar onde estou<br />E rimar, e remar, não reinar<br /><br />Ah! Eu não quero, eu não quero continuar<br />A viver essa vida de escravo<br />Porque negra mesmo é a nossa almaAnalice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-62493701110766652802011-12-18T07:53:00.000-08:002011-12-18T07:57:13.250-08:00Que nada mude<strong>- Analice Ról</strong><br /><br />Não quero que nada mude<br />E, caso mude,<br />Que destrua os pensamentos, os momentos<br />Os carinhos<br />Não quero o sofrimento de lembrar você<br />De cair em seus braços em sonhos<br />E acordar com assobios de passarinhos<br />Que mal percebo<br /><br />Não quero mudanças.<br />Não quero que me trate como qualquer<br />E me dê na cara<br />Não quero que mude, pois se melhorar<br />Estraga<br /><br />Mas as mudanças batem à porta<br />Agarram nossos tornozelos nas esquinas vazias<br />Perseguem nossos passos<br />Estragam nossos planos.Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-90994279662577033072011-11-24T17:41:00.000-08:002011-11-24T17:44:16.875-08:00No mundo- Analice Ról<br /><br />No espelho já não me vejo<br />E num retrato<br />- 3x4<br />Estou mais só que a solidão<br /><br />Direciono o meu corpo<br />no<br />mundo<br /><br />Direciono o meu corpo<br />nu<br /><br />Ninguém pode nos castigar<br />Se os padrões já não governam<br /><br />E se sinto algo estranho<br />a sair de mim<br />É o meu sangue de menina: <br />meu líquido germinante que,<br />aos poucos, se desperdiça.Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-32422162288815749382011-11-13T07:25:00.000-08:002011-11-13T07:29:52.684-08:00Cidade<strong>- Analice Ról</strong><br /><br />Se eu não tivesse medo do vento<br />Se eu tivesse te encontrado a tempo<br />Uniria ao meu pensamento, seu gesto, seu rosto<br />E nada mais<br /><br />Se eu tivesse falado em silêncio<br />O amor que era vivo e imenso<br />Uniria ao meu sentimento, teu calor<br />Mas calado, ele é zero elevado a nenhuma potência<br /><br />Se eu tivesse corrigido os erros<br />Ou pecado menos ou errado mais<br />Saberia que o maior dos tormentos<br />É amar, amar, amar aquele que some<br />pelas fumaças das fábricas da cidadeAnalice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-82357104399553652102011-11-01T17:09:00.000-07:002011-11-01T17:21:53.170-07:00Teus minutos<strong>- Analice Ról</strong><br /><br />É nos teus braços<br />Que ocorre o encontro entre mim e eu mesma<br />É ali, aquecida e na tranquilidade da noite<br />Que me guardo por dentro e vejo o que me resta<br /><br />Teus minutos, meus segundos, nossas horas<br />E o peito dispara por não poder parar<br />E ele sentindo sem tino, sem jeito<br />Feito louco sem camisa de força<br /><br />Há carne, osso, sangue. Há vida<br />O ar que respiro é desperdício<br />Pois perco-o ao ver teus olhos, a lembrar tua face<br />E a mão que me salva<br /><br />Sinto presente as asas que não tenho<br />E caio de minha janela sem morrer...Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-13872284031946607982011-10-30T07:30:00.000-07:002011-10-30T07:32:46.400-07:00Para o que gosta de cavalos<strong>- Analice Ról</strong><br /><br />Se em teus olhos posso navegar sem rumo<br />Esverdeados e enveredados no futuro estão <br />Encontro o presente, pois este é certo<br />E dou-te um lembrete ao ver meu peito aberto<br /><br />Se com você posso passar meus dias, viver a lida<br />Morrer aos poucos, me diga o que mais <br />posso querer da vida se não meu coração junto ao teu <br />E tua palma em meu rosto?<br /><br />Posso dançar qual bailarina perdida a rodar o mundo<br />Na quadrilha inocente ou num cabaré de classe<br />Pois sei que é você que me penetra ao fundo<br /><br />E, de noite, ao dormir ao vento encontrar a criança <br />que existe em nós a brincar e rodopiar <br />sem medo do tempo, por debaixo dos lençóis.Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-80453806970638072532011-09-18T08:52:00.001-07:002011-09-18T08:56:41.717-07:00Falta<strong>- Analice Ról</strong><br /><br />E de nada sinto falta<br />Quando o que mais tenho no fim<br />É teu abraço cravado em minha espalda<br />E teu beijo a se perder de mim<br /><br />Já não quero a lua, o sol e o mar<br />Pois o mundo repartido é mais bonito e duradouro<br />E se digo que te amo, não é por falar<br />Amor que é amor se sente por muito pouco<br /><br />E de nada sinto falta<br />Quando o que mais desejo<br />É teu braço envolto em mim<br />E teu coração a bater junto ao meu<br /><br />Já não luto pelo impossível<br />Pois já não mora em mim a criança inocente<br />Que um dia, sem medo, olhou para os céus<br />E só viu estrelas cadentes<br /><br />E de nada sinto falta<br />Quando vejo que estou ao teu lado<br />E, portanto, em meu país<br />Feito ex-exilado, proletário<br />A viver aquilo que não lhe é proposto.Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-66399956607623236772011-08-26T09:06:00.000-07:002011-08-26T09:08:40.255-07:00Tanto- Analice Ról
<br />
<br />- Para aquele que anda de cavalos
<br />
<br />E mesmo que eu seja uma criança carente
<br />Doente dos dentes e careca dos pêlos
<br />Há de haver um lugar que não é Paraíso
<br />Que não o Inferno, pois também não mereço
<br />Há de haver teu colo para chorar meus medos.
<br />
<br />
<br />Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-66654562846399511342011-07-27T18:57:00.000-07:002011-07-27T19:00:20.522-07:00Poema III<strong>- Analice Ról</strong><br /><br />E nada destrói o mar que se rebela contra mim<br />Com águas fortes, barcos imóveis, corações frágeis<br /><br />Nada corrói o céu que se revolta contra ti<br />Com chuvas fracas, aves altas, nuvens brancas<br /><br />Tudo vai de encontro ao que somos<br />Fujo de ti, foges de mim, fugimos de nós<br />Somos pássaros sem asas sadiasAnalice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-33477638531331691442011-06-05T17:50:00.000-07:002011-06-05T17:54:38.163-07:00O amor me achou- Analice Ról<br /><br />O amor me achou<br />E hoje em mim habitado<br />Mal me deixa levantar<br />Para tomar um copo d'água<br />Lutar contra a febre<br />E passar os dias<br /><br />Não consigo acordar cedo<br />Nos dias de compromisso<br />Não consigo acordar tarde<br />Aos sábados e domingos<br /><br />O amor me achou<br />E não me larga<br />Não me deixa ler sossegada<br />Não permite que eu compreenda<br />Um texto lido e relido<br /><br />O amor me estraga as fontes<br />Mal me deixa vestir-me com as minhas melhores roupas<br />Calçar meus melhores sapatos<br />- O amor deixou-me ali sem sequer chinelos<br />De pés descalços<br /><br />O amor me estragou<br />Não consigo passar os dias<br />Lutar contra morte<br />E viver a vida.Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-27329870237943743442011-05-09T19:13:00.000-07:002011-05-09T19:20:20.640-07:00III<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNkBuPLDNryk5DtIOK2DraThDZYpStUuQyyuQr_f7ajvBqL87e_kYVtvDyQ8bOsaDcFKRJRTtFDxaRy42O_hSBRQJWvol2UP94fuHYhdr6BnGGl_69lkBqkRxbXytI0zbvtVMjZguVe_s/s1600/imagem.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 218px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604906515611866674" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNkBuPLDNryk5DtIOK2DraThDZYpStUuQyyuQr_f7ajvBqL87e_kYVtvDyQ8bOsaDcFKRJRTtFDxaRy42O_hSBRQJWvol2UP94fuHYhdr6BnGGl_69lkBqkRxbXytI0zbvtVMjZguVe_s/s320/imagem.JPG" /></a><br /><br /><div></div>Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-191474928881045770.post-20219715162764893962011-05-02T17:25:00.000-07:002011-05-02T17:26:31.285-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfIbyKU3GCvLjrg1VRsWepfKhm7adFBUr3uzAmiME3itbfvewCkDs06XB_z7Qs27-cOj_4-zRZI2yPzoLNPkLdHPdXYkf7eXihJPLZf4XUFRWoB0EfIx4o6SYQrm6kl7PB3AUDPvu8f0Q/s1600/II.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 313px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602279555190872754" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfIbyKU3GCvLjrg1VRsWepfKhm7adFBUr3uzAmiME3itbfvewCkDs06XB_z7Qs27-cOj_4-zRZI2yPzoLNPkLdHPdXYkf7eXihJPLZf4XUFRWoB0EfIx4o6SYQrm6kl7PB3AUDPvu8f0Q/s320/II.JPG" /></a><br /><br /><div></div>Analice Rólhttp://www.blogger.com/profile/13576083216532700799noreply@blogger.com0