quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Somos corações

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Na aula de Teoria da Literatura, o professor chamou a atenção para a necessidade de um herói coletivo como um dos quesitos para uma parábola ou fábula ou uma história qualquer ser aceita por uma sociedade. Pensei tanto no herói do Hoje e percebi que não o temos. Lula para os brasileiros é menos que um presidente e muito menos do que um ser do fundo do mar. É aquele que usou a esperança do povo como vaidade. É como aquela mulher que compra uma bolsa com o dinheiro do marido. Ela compra não porque gostou da bolsa, mas porque o dinheiro era do marido. Não somos obrigados a entender o mundo em que vivemos e muito menos a concordar com todas as regras, normas ou leis. Abrir mão da concordância parece puro teatro, pura ideologia. Por que não quebrar as regras e lutar por um mundo melhor pra nós? Estamos precisando de um herói coletivo, mas o mundo atual prefere os vilões. Como o Olavo é uma graça, a Bebel é tão engraçada, o Jefferson abriu os olhos dos brasileiros. Pois é, quem entende. Mas como eu já disse, não somos obrigados a entender o mundo, mas somos obrigatoriamente obrigados a saber viver nele, a sentir o que ele nos pede como uma intuição ou puro sentido humano. Como disse Humberto Gessinger: "não somos cardiologistas, somos corações".
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