quinta-feira, 24 de março de 2011

A voz

- Analice Ról

Foda-se a estrada
E os seus perigos

Não tenho medo dos caminhos
E dos nadas em bandos perdidos

Não ouço a voz da montanha
Mas vejo Deus
Que Ele me perdoe por eu dizer que O vejo
Na verdade, pode ser apenas uma luz ou vulto
Ou sombra de um mendigo

Não, não quero isso pra mim
A vida é mais do que simples passos
Mais do que simples poemas mal escritos
Rabiscados, não-pensados
Não sou poeta, nunca o fui

Foda-se a literatura
Quero acordar e ver que ainda vivo
Abrir os armários da casa de campo
E vestir-me com as roupas antigas de minha avó Celeste.

segunda-feira, 21 de março de 2011

caminhando de peito vazio
e o que sobra: pedaços meus
sons sem ecos. O colorido desbotado
de um mundo incerto
Coração aos pulos...