- Analice Alves
Sinto o poder das coisas vãs
Que por mais vãs são especiais
Sinto frio, tenho febre
Tenho fome de ti
O meu amor, porém
É puro egoísmo
Necessito-te feito as paredes
De um quarto apertado
Que te espremem
Como o chão que piso
E eu perco o ar
Porque ele já me falta
E eu não caio no abismo
Porque nele já habito
Na vida, porém
Nem tudo é flor
É tropeço e recomeço
É sufoco e estupor
Dores de um passado
Ainda presente
O sentido está escondido
Nos cabelos esbranquiçados
Pela areia do tempo
E você, meu amor,
Por onde andas?
Por que demoras?
Entendes?
A fé absoluta que não tenho
Às vezes, invade o espírito imortal
De uma dor que mata
Um dia, hei de te encontrar
Pelas ruas, nos meus versos
Perdido
A me procurar...
Você invade o meu ser
Como alfinetes de cabeças coloridas
E meu corpo se comporta
Feito um pescador suado e faminto
Pescando...
Eu quero uma miopia
Pra não ver os seus defeitos
Faça-me uma canção
Pra aumentar o meu desejo
Sinto frio, tenho febre
Tenho fome de ti
* Dia 22 de maio: Apresentação do coral Audite Noua!
segunda-feira, 20 de abril de 2009
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