sábado, 21 de agosto de 2010

21 de agosto - Pouquíssimo menos

E os dias continuam a se arrastar como água de chuva após atingir o chão. Mas de modo produtivo, eles se mostram ousados e velozes. Se arrastam como correnteza, velozmente, assustadoramente corrido. A lista de livros a serem lidos em três meses e que parecia uma meta facil de se cumprir, começa a causar desconforto e preocupação: temos meses a seguir, mas não dará tempo. O futuro que queríamos certo e congelado em nossas mãos, como o bife no congelador que tiramos de seu lugar frio, fritamos e comemos. O futuro não está congelado, porque ainda não existe... talvez o passado esteja paralizado em nossas mentes, mas também não existe mais. Hoje, agora, um sábado a noite, o penúltimo sábado de agosto, me faz pensar o que será de mim no mês que vem. Se sobrevivo ou se desabo, se olho para dentro de mim e sofro com verdade ou se olho para o mundo que me cerca e sorrio falsamente. Vez em quando a vida parece um pão sem recheio, ora duro feito pedra ora quentinho feito tarde de verão.