segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Destino para lugar algum

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A claridade do dia não oprime a tristeza da vida. Quem dera a escuridão fosse apenas um quarto de criança no breu com palhacinhos sorrindo nas prateleiras. Quem dera as dores do amor fossem curadas com sonridor. Queria ser um gato com sete vidas ou um desenho de vídeo game com milhares dela.
23/09/07

Ontem, voltando da Bienal, uma imagem chamou minha atenção não porque era diferente, pelo contrário, muito comum: um menino fazendo malabarismo no trânsito da Barra. Era um domingo à noite. Rapidamente, veio à mente as possibilidades daquele menino: ele poderia estar em casa, vendo televisão, lanchando, voltando de viagem e ainda, arrumando os livros na mochila pra acordar cedo hoje e ir à escola. Nunca concordei em dar dinheiro pra criança visto que logo aparece um adulto (antes escondido) e toma as míseras moedas das mãos do menor. Mas nesse caso, se a vida dele é ruim sem a moeda, seria pior sem esta. Demos-lhe um real.
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