quinta-feira, 3 de julho de 2008

A fé que faz otimista demais


Minha vida mudou pra melhor desde o último final de semana. Quanto mais eu vivo, mais sinto que sou capaz de fazer aquilo que nasci pra fazer (entendam como quiser). Obrigada a Deus por me amar tanto.

Poesia!

Espelho – Analice Alves

Vejo-me em praças públicas
Em cadeias fechadas
Nos espelhinhos de bolso
Nos vidros blindados
Dos carros que eu não tenho
Nos óculos escuros
Das mulheres que eu não sou
Vejo-me por dentro...

Minha rotina rotineira
É uma maneira de me esquivar da saudade
Pois meu passado e meu presente são o mesmo
Não sinto saudades, pois vivo

Ainda sinto o cheiro do teu cabelo
No meu travesseiro.
No meu corpo ainda estão
As marcas dos teus dedos
Teus segredos, confesso
Tenho medo de todos

Torço pra que algum ser
Superior
Traga-me você de volta
E então pulará o muro
E arrombará a porta
E dará de cara com a minha cara torta
De bebida e lágrima

Deixo fazer o que quiser
Pode me chamar de bandida
De traíra, de falsa, xingamento qualquer
Diga que sou estranha
Que não passo de uma piranha

Jogue verdades que eu não aceito
Diga crueldades que não mereço
Pode me bater, se achar melhor
Dê-me um tapa, um soco, me divida ao meio
Mas não me abra a boca
Pra dizer que eu não te amei.

Entro nos bares
E consumo doses duplas
Cigarros são fracos
Sonhos são banais
Quero meu corpo
Sobre o teu
Minhas mãos nas tuas
Quero a liberdade de escolher
Prender-me a você
Quero olhar em teus olhos
E enxergar que sem mim
A tua vida passa a ser pequena
E então me dirá com olhar de pena:
Sem você já não vivo em paz
!