quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Respeite seus limites e, com certeza, não se livrarás deles


Overdose de poemas. A frase acima é de Richard Bach.

O MEU AMOR – Analice Alves

Amor como o meu
Não se mede
E nem se pede
Ganha até aquele
Sem sorte

Amor como o meu
Não se mede
Por termômetro
Fita métrica
Calendário, relógio

Ele vem de dentro
Por isso, ninguém sabe
O que aqui dentro
Acontece

Amor como o meu
Não se mede
E nem se pesa
Seu peso
É tão grande
Que os números
Não são necessários

E o tamanho
Cresce a cada dia
E o último dia
Não existe no calendário

AMOR – Analice Alves

Amor
Ausência de morte
Etc e tal
Entre tantas coisas

Amor
Presença de sorte
Agonia da vida
Entre tantas coisas

Amor
Palavra de porte
Rima com essa dor
E com tantas outras.

Sai, ilusão – Analice Alves

Não quero ser somente
Mais um hálito na tua boca
Não quero ser na tua vida
Mais um sofrimento
Não quero ser aquilo
Que se esquece com o tempo

Um número de telefone
O andar de um apartamento
O vento que atrapalha teu sono
Na tua estrada uma dor
Mais uma história mal contada
Mais um papo de elevador

Ah! Devia ser proibido
Amar o que não é meu
Querer quem não me quer
Viver nesse mundoSem saber se sou daqui

Não me olhe assim
Como se eu não fizesse parte de ti
Como se a nossa história
Não passasse de ilusão pra mim

Não quero estar somente
No retrato e no pensamento
Eu quero estar pra sempre
Em cada presente, em cada momento

Não adianta dizer palavras
Que não me atingem nem debaixo d’água
Me dê tua boca, teu corpo, teu cheiro
Que eu faço miséria e te arrepio os cabelos.

Tudo o que quero – Analice Alves

Tudo o que eu quero é você
E tudo o que eu sonho
Não está pra acontecer
Só peço a Deus
Pra te pôr do meu lado
Mas tudo o que tenho
É teu rosto partido em pedaços
Num porta-retrato

Não pense que vai ficar
Sem me dar amor
Não pense que mora
Em meu peito de favor
Me deixa chorar tua dor
Me cansar da tua luta
Acender teu calor
Quando chegar a chuva

Me deixa curar o teu medo
Do mundo inteiro
Tocar teu corpo
Como um brinquedo
A cada dia como se fosse o primeiro
Deixar o meu canto
Invadir a tua voz
Amar um amor calmo
Num tempo tão veloz

Me deixa curar tua dor avançada
De quem segue essa estrada
Amando em vão
Me dê tua mão
Me deixa ser teu abrigo
Me deixa ser
Quem eu sempre fui comigo
Já não vejo motivos
Pra tanto penar

A felicidade
Passa pela porta
Com cara de morta
Como se não fizesse
Mais falta
No sofá, na cama, no lar
Doce lar