quarta-feira, 11 de junho de 2008

Felicidade: talento ou arte?


Parece masoquismo postar um texto desses numa fase tão "feliz" da minha vida, mas se faz necessário a partir do momento em que preciso guardar esse escrito em algum lugar. Como não ando confiando (viva o gerundio!) muito no meu computador (meu orkut pirou!), posto aqui mesmo. Pra quebrar um pouco o clima deprê, um pedaço da música do Tom.

Ainda sem nome - Tom e Eu

"Correndo na contramão
Sem perceber e sem olhar pra trás
Mesmo em suas mãos
Eu subo mil degraus a mais
Talvez o tempo decida o que fazer de mim
Sem você já nem tenho ideais
Tudo o que eu sinto
Tudo o que vejo
Tenho vontade de lhe dizer
Mas o que fazer, o que chorar
Se perco a voz
Ao lhe ver passar"


Na aula de teoria - Analice Alves

Outro dia, minha professora disse algo que me abalou: A felicidade não existe. Aquilo me feriu de um jeito que eu nem sei muito bem como explicar. Ela disse aquilo como se estivesse revelando à crianças crescidinhas que Papai Noel não existe. O pior de tudo é que a base de sua teoria era bem sólida: Não existe felicidade total. Ninguém é feliz o tempo todo, ninguém é completamente feliz 24 horas por dia durante toda a vida e, queridos, felicidade é isso, ser feliz o tempo todo.
Ninguém é feliz o tempo todo, isso é verdade. Todo mundo chora por ter visto um cãozinho abandonado ou por ter perdido o dinheiro todo na Bolsa de valores, pela morte de um parente distante ou pela perda de um amigo próximo, muitos já tiveram depressão pós filme ou tristeza pré ocupada. Todo mundo sofre e, por isso, a felicidade não existe. Aquela felicidade cheia de sonhos realizados, dinheiro no bolso, preocupações em estágio zero, o melhor emprego do mundo, o par da sua vida do seu lado, de bem com a balança, com a saúde em dia, ter tudo o que quer, filhos sadios, inteligentes, responsáveis e bem sucedidos, amigos de verdade, o pão de cada dia sobre a mesa...Ninguém tem tudo isso e eu falo isso com firmeza. Uma pessoa pode até se sentir a mais feliz do mundo, mas pode ter certeza que existe uma melhor do que ela. E, pior, pode ter certeza que aquela felicidade terá fim. A felicidade está, assim como a liberdade, na evolução. Por que? Porque ser feliz é pros poucos, pros evoluídos. Só os evoluídos não precisam de problemas para evoluir, porque já estão no ponto. Parece feio e triste pensar assim, afinal, a maioria vive em busca da tal felicidade. Como essa felicidade de sonhos não existe na realidade, buscamos um outro conceito para ela: felicidade é ser feliz apesar dos problemas. Viver a vida como uma eterna Pollyanna.

Frase: “Meu objetivo na vida não é a felicidade, mas ter liberdade para procurá-la”.
(Caetano Veloso)