Metáfora do amor – Analice Alves
O amor me achou
Mesmo perdida
Em bares estreitos
Em lares alheios
Em bulevares
Quero deitar em meu leito
Encostar-te em meu peito
E gemer de alegria
- a maldade é toda deles
Nosso amor é puro
Tão puro que ele próprio nos basta
Tapo meus ouvidos, minhas narinas e minha boca
E ainda continuarei a ouvir seus planos
Continuarei dizendo
Que te amo
Sentirei o cheiro daquilo
Que eu não conhecia antes de você
Agora eu só quero
Deitar na cama
E fechar meus olhos
Pra que beije minhas pálpebras
Enquanto sonho contigo
Enquanto espanta o perigo
De eu não saber quando e como
Com você posso ser eu
Posso encontrar a realidade
Menos verdadeira
Posso sonhar acordada
Sem ser taxada de boba
Posso andar lépida pelas calçadas
Sem medo de cair de novo.
O amor de tão presente
Faz-se desnecessário
Já que se entranhou em nossos corações
De tal modo estranho e controverso
Impregnou nossos sorrisos
E o teu é a sua própria metáfora
E quando sairmos pelas ruas
Pelas avenidas, pelas praças, pelas barcas
Saberão quem somos
Enxergarão em nossos olhares
O amor marcado como tatuagem
Verão o sabor do sentimento em nossos rostos
E então, meu querido, já não precisaremos mais dele
Passaremos adiante pra que ele ilumine também
A vida de tantos outros.
sábado, 14 de junho de 2008
Assinar:
Postagens (Atom)