sexta-feira, 8 de outubro de 2010

08 de outubro de 2010

Indiferente, acordei atrasada. Vesti uma roupa qualquer, passei uma escova no cabelo, uma maquiagem básica, joguei caderno, livros, chaves, dinheiro dentro da bolsa, resolvi amarrar os cadarços no elevador. Meu celular com a bateria fraca apitou até me fazer desliga-lo até o fim do dia, quando cheguei a casa, comi um bife amassado com batatas e mate e novamente, saí. Dei aula para uma turma de um homem só. Escorreguei na profissão mais altruísta e sonhadora que existe: o magistério. Ser mestre requer humildade. Talvez eu não tenha. Dei entrevistas para jornais, conversei com estranhos, vi televisão, cochilei por cinco minutos e sonhei com ele. O violão aqui do lado me chama, quer falar um pouco. Mas não. Meus dedos hoje querem descanso, meus olhos querem escuridão. Meu mundo está de volta e eu mal o percebo.

[35 dias]