domingo, 18 de setembro de 2011

Falta

- Analice Ról

E de nada sinto falta
Quando o que mais tenho no fim
É teu abraço cravado em minha espalda
E teu beijo a se perder de mim

Já não quero a lua, o sol e o mar
Pois o mundo repartido é mais bonito e duradouro
E se digo que te amo, não é por falar
Amor que é amor se sente por muito pouco

E de nada sinto falta
Quando o que mais desejo
É teu braço envolto em mim
E teu coração a bater junto ao meu

Já não luto pelo impossível
Pois já não mora em mim a criança inocente
Que um dia, sem medo, olhou para os céus
E só viu estrelas cadentes

E de nada sinto falta
Quando vejo que estou ao teu lado
E, portanto, em meu país
Feito ex-exilado, proletário
A viver aquilo que não lhe é proposto.