sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia



Olá!

Tenho poucas novidades, mas de significância enorme e, por isso, estou aqui a atualizar o blog em plena sexta feira. Pra quem não soube, houve um concurso para colunista do site do grande cantor e compositor Leoni e eu concorri com um texto já conhecido por quem visita este blog, Trecho da vida – história para contar depois. Não ganhei o concurso e fiquei longe do terceiro lugar, mas recebi um prêmio que dinheiro nenhum compra. Uma pessoa me mandou um e-mail com elogios, histórias, força pra seguir em frente, simpatia, benção. Fiquei muito feliz, muito mesmo. E como se não bastasse, era a mãe do Leoni, Sra. Neila. Senti orgulho e ânimo. Ver que uma pessoa se identificou com um texto que você escreveu, não tem preço e isso é a melhor das vitórias pra uma pessoa que escreve. Editora, contrato, prêmios, medalhas, troféus...nada disso! Por isso que o escritor de verdade, no início de carreira, sempre precisa de uma profissão de apoio, pois o que o satisfaz é abstrato.
Parabéns para todos os participantes, havia muitos textos de ótima qualidade e todos tinham chances de levar o primeiro lugar. Obrigada, Sra. Neila.

Aproveito e deixo um poema sobre o mesmo tema do texto citado acima. Escrevi pro meu pai para dar no dias dos pais, mas não achei apropriado.

Samba do saber – Analice Alves

Ah! Já não sou aquela criança
Que escondia os brinquedos
Debaixo da cama
Que chorava por não saber
Brincar de ciranda
Pai, olhe pra esse rosto idêntico ao teu
Essa imagem cuspida e escarrada de ti
Quantos dias você demorou
Por estar enrolado no banco
Quantas horas fiquei na porta
A te esperar com sono
Pai, olhe pra essa cria
Que, sabe lá Deus, se deu certo
Tantos sonhos, tantos planos
Realidade não saiu do projeto
Quantas músicas você cantarolava
Pelos cantos a lembrar do passado
A emoção que você escondia
O sorriso quase sempre tão raro
Quantas brigas a gente criou
Quanta intriga me partiu ao meio
Hoje vejo quantas raivas
A vida jogou pra escanteio
E hoje conserto a vida
Lembrando dos seus conselhos
E nada mais
E quem nem brincava de ciranda
Hoje roda o mundo
Procurando a paz.