quarta-feira, 30 de abril de 2008

Parceria

Pôr-do-sol em Brasília - DF



Minha mais nova parceria com o Tom. Mandei a letra pra ele no sábado, como presente de aniversário e ele me manda agora a música pronta, como prova de amizade. Como não tem como pôr a música, deixo a minha letra pra vocês.



História sem fim – Analice Alves e Tom Siqueira.

O frio lá fora
Só me faz crer
Que nada vale a pena
Na tua ausência
E que é melhor esquecer
E viver assim

As fotos no chão jogadas
São páginas viradas
De uma história sem fim

Se quiser, a dor que você sente
Pode ser minha
Mas o amor que eu sinto
É todo seu, queira ou não

Meu coração já nem sabe o que sente
Às vezes, chora, se faz de inocente
Depois vai embora
Fecha a porta pra não voltar

Eu só queria um motivo
Pra ficar
Só queria te mostrar
Como a vida é bonita
Quando há alguém para amar

Eu só queria um motivo
Pra ficar
Só queria te mostrar
Que a vida vale a pena
Quando há alguém pra se amar

Quero te fazer feliz
Por bem ou por mal
Te dou mil unidades de felicidade
Uma realidade menos real

Meu coração viola as leis do meu pensamento
Tua imagem distorce a minha visão
Mas no retrato é o teu rosto
Que me acalma e faz dormir
(me enche de ilusão)

Tudo o que digo
Já não faz sentido
Penso naquilo que poderia ter sido
O meu amor é o perigo mais seguro
Tua estrada é meu caminho
Tua dor é meu espinho
No retrato é o teu rosto
Que me exalta e me faz despertar.

(30/04/08)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Um amor mais incrível que a chuva

- Analice Alves
Por mais incrível que parecesse, a inesperada chuva inundou toda cidade. Todos permaneceram em suas casas e os carros foram estacionados em locais cobertos. Ele se desesperava. Queria amar uma mulher, sabia que ela era o melhor que ele poderia ter em vida, que sem ela ele não seria nada, mas não a amava. Queria, mas não. Dizia pra si mesmo que amor não é como sabiá, não se cria. Amor nasce quando tem de nascer, ganha asas quando cresce. Achava-se meio ridículo quando lembrava os tantos relacionamentos mal sucedidos que tivera, as tantas mulheres que deitaram em sua cama num quartinho onde ficava sua bicicleta, as tantas declarações sem fundamentos. Mais incrível ainda que a chuva, era lembrar que ele não tinha sido amado. Ouvia palavras belas, sorrisos falsamente contentes, felicidade de plástico, humanidade de merda. Aquela que estava ali, tão perto e tão longe, tão linda e tão estranha, tão perfeita e tão desfeita, era ela, era aquela. Sabia que ela o faria feliz, sabia que ela realmente o amava e que seus sorrisos seriam sinceros, seu hálito seria puro como de um recém nascido, sua existência seria uma vida de verdade, seu amor seria eterno. Fechou a janela, ajeitou o lençol na cama, pegou um guarda chuva e saiu. Foi procurá-la debaixo dos prantos.