terça-feira, 11 de agosto de 2009

Amor eterno

– Analice Alves

Amor meu,
Se sigo o infinito que me deste
e no final não cheguei ao final,
tendo em vista ser o inexistente,
juro que me iludo com certas palavras
e choro pela ausência de um amor eterno.

Sinto que me queres, sim, sinto.
Mas muito mais amor e saudades guardo eu em meu peito aberto.
Quero teu cheiro, teu suor, tuas ironias.
Quero brigar contigo como almas íntimas que se ferem sem motivo.
Onde estás? Quando voltas? Não sentes pena de mim?
Sinto que no fim das contas tudo é ventania
e meu ponto final é mais exclamativo
do que teu nome pronunciado por minha boca a cada volta inesperada.

Se eu te amo? Perguntas tolas e óbvias
não têm vez em meus pensamentos.
Se perco meu tempo a te amar,
se perco meu vento a respirar teu cheiro
e se estas perdas pra mim são ganhos,
é claro, meu amor, eu te amo.

(30/07/2009)

Um comentário:

Alan disse...

lindo o poema como tds os outros.esse eh bem profundo,gostei bastante.bjuus linda ! !