segunda-feira, 30 de março de 2009

IV

– Analice Alves

Feri meu corpo
Com o pior dos açoites
Amo, não nego
Amo como a noite
Que desiste de ver o dia
E dorme...

Se um dia perguntarem
Por onde ando
Não responda
Fique mudo
Coloque a mão
Em seu coração

Lá habitei por anos
Percorri esquinas
E me perdi de mim
Encontrei um tempo
Diferente deste que vivemos
Alimentei-me de amor

Feri meu corpo
Com o pior dos orgulhos
O desamor não é vaidade
É vantagem de gente mesquinha
Que desiste da vida
E morre...

Se um dia me perguntarem
Por onde andas
Não responderei
Ficarei muda
Porque, de fato, não sei.

(30/03/09)

3 comentários:

Tiago Duarte Dias disse...

Creio que amar seja o maior dos riscos e também a maior das apostas, e uma vida sem riscos não vale ser vivida, ainda mais o maior deles; e uma aposta as vezes vale a pena, nem que o resultado seja a derrota, só o ato de apostar te faz se sentir bem.

PS. No caso do amor, somente, é claro. Não apostem em galos nem andem com muito dinheiro por aí.

PS2.Ah, peguei uma matéria de letras na UFF :D

Rafael disse...

oi analice! Gostei mto daqui e desses poemas recentes.Recebi teu email nao sei se vou poder mas qlq coisa te ligo; vou fazer um show em ipanema mas talvez de tempo!Beijuus

Tiago Duarte Dias disse...

Sim, aquele poema lá é meu sim. :)

ah, eu peguei lit. brasileira XV que fala de Machado, tava com a sexta livre e preciso cumprir 3 eletivas e como Machado é um dos meus escritores favoritos, juntei o útil ao agradável.