- Ana Lee C. e Pedro Igor
É quando a noite cai, silente,
e quando a voz resolve, em sussurro
seguir a lua que se ergue novamente
contra o mesmo eu de sempre, então urro.
E a lua me mostra os teus olhos, meu menino
Como bolas de gude com direção certa a atingir meu peito
A admitir ser frágil e fraco, nascido cansado
E pronto pra ser meu de direito
E esse estranho dueto feito à lua
reveste dono e possuído com fervor
de modo que pela branca luz e nua
as mentes de ambos era mente de amor.
Amor revestido de agonias simplórias
Visto como batalha e não como vitória
Uma luta contínua da qual saímos vencidos
Feito poemas rabiscados, num cômodo esquecidos
E a cada rascunho que fazemos em nós
cresce o desejo por ser quem se é
sem máscaras, conceitos ou voz
Mas ser essência, mesmo que doa, em nossa fé
O que nos separa é mais que uma ponte
É uma fonte insegura, um teto sem chão
Mesmo nua me dispo sem pudor
Minha fé existe, tu és minha religião
E a beleza de cada beijo em verso
contaremos dia-a-dia como em prosa
nossa vergonha será santa e o universo
de nosso desejo será profano como a rosa
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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2 comentários:
Realmente é lindo o resultado dessa parceria....colocamos um pouco de nós em cada verso e isso o fez ficar à nossa cara!!
Nosso primogênito, minha querida - parabéns!!!
Ficou belo!!
Gostei da parceria, amiga. =)
Besos!
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